PSICOGERIATRIA
Quem faz a Psicogeriatria?
A psicogeriatria é uma área de atuação da psiquiatria. Especializada no diagnóstico, tratamento e prevenção de transtornos mentais em idosos, assim como na promoção da saúde mental. A psicogeriatria faz parte de um modelo de cuidado de idosos que aborda tanto o idoso, como sua família e comunidade.
Por que o Neurologista deve entender sobre Psicogeriatria?
A população mundial está em um curva de envelhecimento, e num futuro bem próximo a porcentagem da população acima dos 60 anos será enorme. Isso faz com que os transtornos psiquiátricos nos idosos se tornem cada vez mais frequentes. Esse grupo de pacientes possui características peculiares na assistência e tratamento, isso porque tem maior frequência de outros problemas de saúde associados, uso de diversas medicações e incapacidades decorrentes de questões por exemplo relacionadas a degeneração osteoarticular. Entretanto, é a necessidade de investigação de causas neurodegenerativas enquanto causa ou comorbidade que traz importância ao papel do neurologista que almeja trabalhar especialmente com idosos.
Quais são as bases da Psicogeriatria?
Para entender sobre a saúde mental dos idosos, é preciso desenvolver habilidades e conhecimentos em:
i) conceitos de saúde física e mental do idoso
ii) trabalho em equipe: interprofissional e interssetorial
iii) desenvolvimento biopsicossocial e envelhecimento humano
iv) princípios básicos da avaliação de idosos: normal e patológico
v) princípios básicos da avaliação clínico-funcional de idosos: grandes síndromes geriátricas, principais condições clínicas dos idosos, transtornos do sono, distúrbios do movimento
vi) princípios básicos de psicofarmacologia de idosos
vii) diagnósticos diferenciais dos Transtornos Neurocognitivos (TNC): Doença de Alzheimer, Doença por Corpos de Lewy, Doença de Parkinson
viii) Transtorno Neurocognitivos (TNC) associado a outros transtornos mentais: depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia; eficiência intelectual e envelhecimento; TDAH e envelhecimento
A depressão no idoso: é causa ou consequência de uma doença neurológica?
As funções cognitivas como a memória e a atenção podem estar seriamente comprometidas nas pessoas que estejam sofrendo com depressão. A depressão entra como um grande diagnóstico diferencial das doenças neurodegenerativas em fases iniciais. Existe inclusive uma grande dúvida que é alvo de muita pesquisa e atenção por parte da comunidade científica sobre a seguinte questão: a depressão no idoso é um fator de risco para o desenvolvimento de um processo demencial ou ela já seria o primeiro sinal e sintoma de um processo demencial em estabelecimento?
Enquanto não temos a resposta definitiva para essa questão, é importante esses pacientes sejam acompanhados por profissionais capacitados a igualmente prestar um atendimento com excelencia e dignidade e também identificar pistas que direcionem o diagnóstico a medida que o problema possa evoluir.
Para mais informações assista aos outros vídeos do nosso canal no YouTube Casal Neurologista.
Conte comigo, conhecimento é poder e eu estou aqui para lhe ajudar.
Por Dr. Emerson de Paula Santos
Neurologista pelo Hospital das Clínicas
CRM 71385 RQE 47146