EPILEPSIA

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE CONVULSÃO E EPILEPSIA?

Convulsão e epilepsia são termos muitas vezes descritos como iguais mas na verdade são completamente diferentes.

CONVULSÃO

Quando eu falo em convulsão eu estou me referindo a crise convulsiva em si, que é a expressão clínica, física, das descargas anormais que ocorrem nos neurônios, principalmente aqueles neurônios mais superficiais do córtex cerebral.
A convulsão pode ter várias características: pode ser aquela mais clássica, em que a pessoa cai no chão, tem movimentos de se debater, perda de controle do esfíncter urinário, hiperssalivação. E a crise convulsiva pode também ser mais sutil, com movimentos de piscamento, crises de ausência, movimentos de apenas um braço, por exemplo. 

EPILEPSIA

Já a epilepsia é considerada um estado de predisposição duradoura a crises epilépticas recorrentes.
Ter apenas 01 crise convulsiva, não significa necessariamente que aquela pessoa é epiléptica.

QUAL A ORIGEM DA EPILEPSIA?

A origem das convulsões e da epilepsia pode ser:

. genética
. estrutural
.metabólica
.imunológica
.infecciosa
. desconhecida

E é função do Neurologista investigar a origem destas crises.

A CONVULSÃO NA CRIANÇA É IGUAL NO ADULTO?

As convulsões em crianças pequenas diferem significativamente daquelas em crianças mais velhas e adultos. As crianças com mais de seis anos tendem a ter convulsões bastante semelhantes às dos adultos, ao passo que as crianças mais novas e os bebês têm menos comportamentos complexos, principalmente com convulsões focais com comprometimento da consciência.

E O TRATAMENTO DA EPILEPSIA?

Na maioria dos casos, evitamos iniciar a terapia com medicamentos anticonvulsivantes para uma criança com uma primeira crise não provocada, que é uma crise de etiologia desconhecida que ainda precisa ser investigada (claro, que existem algumas exceções).
Iniciamos o tratamento com anticonvulsivantes para a maioria das crianças que apresentam uma segunda convulsão não provocada, uma vez que a recorrência da convulsão indica que o paciente tem um risco substancialmente aumentado de convulsões adicionais

E AS CRISES CONVULSIVAS FEBRIS?

As crises convulsivas febris, são convulsões consideradas de natureza benigna. Ocorrem em geral dos 05 meses aos 05 anos de vida, e não são consideradas EPILEPSIA.
Nas convulsões febris, os riscos dos efeitos colaterais dos medicamentos anticonvulsivantes geralmente superam os benefícios para a maioria dos pacientes e na maioria das vezes não é necessário iniciar medicamentos de uso contínuo.

QUAIS AS OUTRAS OPÇÕES DE TRATAMENTO ALÉM DE MEDICAMENTOS?

Quando a criança não consegue controle das crises com os medicamentos, optamos pelo encaminhamento do seu caso para um centro de referência em EPILEPSIA para explorar opções terapêuticas adicionais, incluindo cirurgia de epilepsia, estimulação do nervo vago e dieta cetogênica.

MEU FILHO VAI TOMAR REMÉDIO POR QUANTO TEMPO?

A suspensão da terapia com anticonvulsivantes pode ser considerada na maioria das crianças após dois anos sem convulsões, independentemente da origem das convulsões.
Mas lembrando, cada caso é um caso!
Apenas o seu médico Neurologista vai poder tomar essa decisão juntamente com a família. Os medicamentos anticonvulsivantes devem ser reduzidos gradualmente, em vez de interrompidos abruptamente.

Ficou alguma dúvida sobre Epilepsia ou sobre algum outro tema da Neurologia? Temos mais informações em nosso canal do Youtube e Instagram @casal.neurologista.

Atendimentos em Juiz de Fora/MG e por telemedicina.

Conte sempre comigo! Um grande abraço!

Por Dra. Belisa Lopes Alvares Santos
Neurologista pelo Hospital das Clínicas
CRM 70210 RQE 47227

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